ESCRAVOS BRANCOS - IRLANDESES

mestiços afro-irlandeses, frutos da miscigenação forçada 

ESCRAVOS BRANCOS, IRLANDESES

Você já se perguntou, como muitos afro-americanos têm sobrenomes irlandeses?Não é por causa dos donos de escravos irlandeses, esqueça tudo isso  ... O que muitas pessoas não sabem é que os irlandeses também eram escravos brancos, centenas de milhares foram enviados para trabalhar nas Índias Ocidentais e eles se misturaram com os escravos negros, assim temos nomes irlandeses como McFadden, McDonalds, etc.White Slaves

Eles vieram como escravos transportados em grande  em Grandes navios britânicos com destino às Américas. Eles foram enviados por centenas de milhares e incluíam homens, mulheres e até o mais jovem dos filhos.

Sempre que se rebelaram ou desobedeceram a uma ordem, foram punidos da maneira mais severa. Os donos de escravos penduravam suas propriedades humanas pelas mãos e colocavam fogo em suas mãos ou pés como uma forma de punição. Eles eram queimados vivos e tiveram suas cabeças colocadas em piques no mercado como um aviso para outros cativos.

Nós realmente não precisamos passar por todos os detalhes, não é mesmo? Conhecemos muito bem as atrocidades do tráfico de escravos africanos.

Mas estamos falando de escravidão africana? Não!

O rei Jaime II e Carlos I também lideraram um esforço contínuo para escravizar os irlandeses. Oliver Cromwell, famoso na Grã-Bretanha(Inglaterra), promoveu essa prática de desumanizar o vizinho próximo.

O tráfico de escravos irlandês começou quando James II vendeu 30.000 prisioneiros irlandeses como escravos do Novo Mundo(EUA). Sua Proclamação de 1625 exigia que prisioneiros políticos irlandeses fossem enviados para o exterior e vendidos a colonos ingleses nas Índias Ocidentais. Em meados de 1600, os irlandeses eram os principais escravos vendidos a Antígua e Montserrat. Naquela época, 70% da população total de Montserrat eram escravos irlandeses, brancos.

A Irlanda rapidamente se tornou a maior fonte de gado humano para os comerciantes ingleses. A maioria dos primeiros escravos do Novo Mundo era na verdade branca.

De 1641 a 1652, mais de 500.000 irlandeses foram mortos pelos ingleses e outros 300.000 foram vendidos como escravos. A população da Irlanda caiu de cerca de 1.500.000 para 600.000 em uma única década(10 anos). As famílias foram dilaceradas quando os britânicos não permitiram que os pais irlandeses levassem suas esposas e filhos para cruzar o Atlântico. Isso levou a uma população indefesa de mulheres e crianças sem lar. A solução da Grã-Bretanha foi leiloá-los também.

CRIANÇAS IRLANDESAS NA PLANTAÇÃO DE ALGODÃO

Durante a década de 1650, mais de 100.000 crianças irlandesas com idades entre 10 e 14 anos foram tiradas de seus pais e vendidas como escravas nas Índias Ocidentais, Virgínia e Nova Inglaterra. Nesta década, 52.000 irlandeses (principalmente mulheres e crianças) foram vendidos para Barbados e Virgínia. Outros 30.000 homens e mulheres irlandeses também foram transportados e vendidos pelo maior lance. Em 1656, Cromwell ordenou que 2.000 crianças irlandesas fossem levadas para a Jamaica e vendidas como escravas aos colonos ingleses.

ingleses

Muitas pessoas hoje evitarão chamar os escravos irlandeses do que eles realmente eram : escravos. Eles vão chegar a termos como "Servos contratados" para descrever o que ocorreu com os irlandeses. No entanto, na maioria dos casos dos séculos XVII e XVIII, os escravos irlandeses não passavam de gado humano.

Como exemplo, o comércio de escravos africanos estava apenas começando nesse mesmo período. Está bem registrado que os escravos africanos, não contaminados com a mancha da odiada teologia católica e eram mais caros para comprar, eram frequentemente tratados muito melhor do que seus equivalentes irlandeses. Ou seja: Os escravos africanos eram melhor tratados do que os irlandeses brancos, devido seu alto valor.

Os escravos africanos eram muito caros durante o final dos anos 1600 (50 Sterling). Escravos irlandeses eram baratos (não mais de 5 libras esterlinas). Se um plantador chicoteava, marcava ou espancava até a morte um escravo irlandês, não era considerado um crime. Uma morte foi um revés monetário(prejuízo), mas muito mais barato do que matar um africano de valor considerável. Os mestres ingleses rapidamente começaram a criar as mulheres irlandesas para seu próprio prazer pessoal e para obter mais lucro. Filhos de escravos eram naturalmente escravos, o que aumentou o tamanho da força de trabalho livre de mais custos. Mesmo que uma mulher irlandesa conseguisse de alguma forma sua liberdade, seus filhos permaneceriam escravos de seu mestre(dono). Assim, as mães irlandesas, mesmo com essa nova emancipação encontrada, raramente abandonariam seus filhos e permaneceria em servidão.

Com o tempo, os ingleses pensaram em uma maneira melhor de usar essas mulheres (em muitos casos, meninas de até 12 anos) para aumentar sua participação no mercado: os colonos começaram a criar mulheres e garotas irlandesas com homens africanos para produzir escravos com uma aparência distinta. . Esses novos escravos "mulatos" trouxeram um preço mais alto do que o “gado” irlandês e, da mesma forma, permitiram que os colonos economizassem dinheiro em vez de comprar novos escravos africanos, este que eram bem mais caros. Essa prática de cruzar fêmeas irlandesas com homens africanos continuou por várias décadas e foi tão difundida que, em 1681, a legislação foi aprovada “proibindo a prática de “acasalar” escravas irlandesas a escravos africanos com o propósito de produzir escravos para a venda”. Em suma, só foi interrompido porque interferiu nos lucros de uma grande empresa de transporte de escravos.

A Inglaterra continuou a enviar dezenas de milhares de escravos irlandeses por mais de um século. Registros afirmam que, após a rebelião irlandesa de 1798, milhares de escravos irlandeses foram vendidos para a América e a Austrália. Houve horríveis abusos de cativos africanos e irlandeses. Um navio britânico chegou a despejar 1.302 escravos no Oceano Atlântico para que a tripulação tivesse bastante comida para comer.

Há pouca dúvida de que os irlandeses experimentaram os horrores da escravidão tanto (se não mais no século XVII) quanto os africanos. Há, também, muito pouca dúvida de que aqueles rostos bronzeados e bronzeados que você testemunha em suas viagens para as Índias Ocidentais são muito provavelmente uma combinação de ascendência africana e irlandesa. Em 1839, a Grã-Bretanha finalmente decidiu por si mesma terminar com a escravidão irlandesa que levava aqueles escravos brancos para o inferno. Embora a decisão deles não tenha impedido os piratas de fazer o que eles desejavam, a nova lei lentamente de cabo a este capítulo da terrível miséria irlandesa.

Mas, se alguém, negro ou branco, acredita que a escravidão era apenas uma experiência africana, estão completamente errados

.

A escravidão irlandesa é um assunto que vale a pena lembrar, não apagando de nossas memórias.

Frenceses e Ingleses, um problema para a humanindade...

E não pensem que este posto tem a intenção de apagar as atrocidades impostas aos povos negros de todo o mundo , inclusive África. Tem a função de desmistificar a idéia de que brancos nunca foram escravizados. E mostra como ingleses sempre estiveram seus esforces a escravizar todos, até os com a cor de sua pele.